sexta-feira, 12 de março de 2010

Dia 13 - 12/03/2010 - 'Trocar sorrisos cada vez mais sinceros. Parece que os dias vão nos posicionando em nossos lugares: aqui'

Mais um dia feliz. Intensamente dividido entre cada conversa, beijo, carinho de amigo, amante e namorado. Conversa de gente grande e de criança. Sonhos doces e desejos amargos. Porta fechada na chave e a gente na cama. Ter você aqui vira a sensação mais satisfatória do mundo.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Elephant Gun

Se eu fosse jovem, eu fugiria desta cidade
Enterraria meus sonhos no subsolo
Como eu fiz, nós bebemos para morrer, nós bebemos essa noite

Longe de casa, arma de elefante
Vamos derrubá-los um a um
Nós os deitaremos, eles não foram encontrados,
não estão por aqui

Que comecem as estações - elas rolam como devem
Que comecem as estações - derrube o grande rei (2x)

E rasgam o silêncio do nosso acampamento à noite
E rasgam a noite

E rasgam o silêncio do nosso acampamento à noite
E rasgam o silêncio, tudo que é deixado é o que eu escondo

Dia 12 - 11/03/2010 - 'e inesperadamente, diz assim: ...Procurei você por tanto tempo...'

Ouví-lo mencionar essas palavras, ainda que virtualmente, soavam como algodão nos meus ouvidos. Eu me sentia tão entregue nesse dia, tão próxima desse amor que eu almejo constante. Devaneando, certa parte do dia, reparei num ponto que antes não tinha me ocorrido: não vejo nele a necessidade de manter uma constante sedução, uma conquista ardida, dolorosa a propensa a perda. Parece que me entrego às minhas adversidades e simplesmente vou vivendo da forma que sou, sem mascarar por completo (como sempre fiz) minha naturalidade. Me ocorreu também que diante o eterno e incansável desejo pela descoberta, a vontade (inato no ser humano), eu me proponho a domínio pela primeira vez. Verdadeiramente. Pois, ainda que eu continue viva, em carne e osso, existe uma parte de mim que se entrega a toda história de Higor e quer ser, nela, algo novo e verdadeiramente intenso. Não tenho vontade pelos outros. Vontade pode ser que exista, em alguma parte física de mim, mas controlo impulsos sem medir esforços. Sinto uma relação incosciente de respeito mútuo e admiração por essa pessoa, que por um instante crucial e determinante, tornou-se o que é. É tal como um mimo, um cuidado, algo talvez estrapolado demais, mas algo que eu sinto: peças de um sentimento a somar e tornar-se (dentro de um tempo e espaço) invencível.
Estudamos juntos hoje. Experiência interessante e proveitosa. Mas meu sono não vai bem, pois ele tem horário certo. Não sei ainda o que fazer com isso. Sei que no final vai tudo ficar bem. Fica tudo bem porque agora eu sei como fazer isso. Eu sei que não se desiste daquilo que se luta verdadeiramente por e que se acredita ser nosso. "Não se abre mão do que é refrão da nossa canção".
'no reflexo do banho és homem, ainda que com olhos de menino'

quarta-feira, 10 de março de 2010

'nós'

[nós] pron. pess. 2 gén. As nossas pessoas. [nó] s. m. 1. Laço apertado. 2. Enredo. 3. Ligação, enlace.

O Vazio da Existência

Uma realidade encenada por Higor Camargo

que abriga em mim

se me penso

sem você

Dia 11 - 10/03/2010 - 'Foi como fazer pazes por um olhar distante. E o olhar era tudo em nós'

O dia anterior foi tão repleto de distância que eu nem sequer pude vê-lo nos olhos. O abraço que me deu foi tão pouco que eu não quis acreditar. Nem acreditei. Sabia do dia de amanhã e de boas novas, sabia que aguardavam sorrisos sinceros de felicidade pois é isso e mais que tenho a oferecer.
O dia foi inteiro conexo. Eu sabia que tudo ia dar certo. Ia dar porque havia de dar, porque você me dá essa segurança (ainda que toda insegurança exista).O amor aqui hoje se fez correndo na chuva -igual cena de filme-, na união de idéia e projeção de sonhos... É algo que pode transcender o corpo e até mesmo filiar-se a uma compaixão eterna. Assim penso agora: além de apaixonada estou compaixonada por você. Penso que quero te ver crescer e evoluir, perto de mim. Porque não hei de abandonar o que quero em prol do que eu deveria ou devo ser. Eu devo ser o que sou. Devo querer o que quero e posso lutar por. Olhar em seu olho me faz brotar essa vontade.
Os vícios que consomem meu corpo ficam me atazanando os ouvidos. Uns querem me roubar do mundo, o lado que quer viver quer ficar e tentar a vida. Vejo em você reflexo de mim, mas não da parte ruim que me cabe. A parte boa que sei que virá. É isso que você é.
"A vontade de permanecer, aqui, é verdadeira. Pela primeira vez não sinto vontade de fugir do outro nem anseio por um ponto final. A vontade é observar-te renascer, todo dia. Tal como um espelho de mim, como se eu me visse. Te ver crescer, crescer, até chegar quase lá... Aonde lá eu não sei onde..."

Higor (1984 - 2010) o que ele é, foi e será. Higor é INFINITO pois é princípio de si

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Prelúdio ao Amor Verdadeiro.
Escrito em ficha baixa, 10/03/2010.
Arquivado em pasta e em memória.
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'Constância em menino e homem'
'Eterno na existência do que foi'
'Princípio da estabilidade do saudável'
'Existência e perda de equilíbrio'
'Premissa de eternidade no outro'
'Espelho reflexo de mim'
'Instabilidade consciente'
'Plenitude amorosa em uma única mulher'
'Desejo refreável do toque; irrefreável do olhar'
'Olhos de verdadeira existência'
'Fragilidade de poeta menino'
'Fortaleza de certeza ontem'
'Alma eterna a fluir em sonhos'
'Realidade além do mal e do bem'

'os olhos do Higor me falam demais'

olha bem para esse olhar...


não dá pra temer,
não quero negar,

"Ainda que acometido do vazio da existência, esse Amor conserva nos olhos (dentro deles) a imensidão do universo"

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia 10 - 08/03/2010 - 'Adormecida ao braços seus. Estava eu nua. Adentro e afora'

Repetindo os movimentos eu estava outra vez cedendo ao que era correto. Nada além do momento. Não há perspectiva de futuro quando a realidade mais importante é a verdade.
A verdade do agora, do presente, do ali. A verdade do toque, do olho humano, do carinho. Dormi adormecida aos seus braços, e nua, completamente branda, eu não havia de temer medo ou rejeição. Não há de negar o que sou, pois ao ser nós dois deixo de ser covardia.
Cantei pra você aquela canção, da Arma de Elefante que tem uma linda melodia. Aquela que toca a sua parte mais sensível e segura, a parte que mais reflete quem seu olho diz que você é. Do melhor dos amores foi também a melhor das entregas, a mais sincera das mudanças e mais verdadeira das idéias. Estava ali corpo e alma. Vontade e segredo... Debaixo de seu peito posso ser livre, sinto que posso, exatamente no segundo que me sinto ali. De suor a escorregar sobre o corpo, passando de você pra mim, era como se toda a sensação do mundo não pudesse ser compreendida. Havia muita maravilha ali que meu coração desconhecida para poder sentir de verdade... Extasiante a sensação, intensa a vibração. E outra vez me entrego ao segundo, que segundo após, pouco me importaria.
E pouco me importa a medicina que faz mal a minha fertilidade, eu quis ser inconsequência. Eloquência, dormência... Eu não podia pensar demais se havia algo que dominava a mais... Segura ou não eu vivi como nunca antes uma experiência eternizada: fotografada nos olhos da retina e do espírito-memória.
Não sinto saudades (agora que escrevo) pois saudade sente-se do que se quer voltar atrás. Sinto lembrança. Doce, intensa, eterna, e ainda dentro de mim (a parte de você que te faz homem), lembrança.

de seu corpo ao meu;

é assim
foi assim

término constante início fim
término constante início fim

Um instante de você em segundos de mim

cheiro de sexo por toda a cama
sem um pingo de nexo, em coma

indo e vindo fomos-nós
vindo e indo fomos nós

instante de você
em segundo de mim

Dia 9 - 07/03/2010 - ' Acordo e me recordo de ontem. É sua voz ao telefone.'

Não era você ontem. O que era em você era o álcool.
Era o vício sem medidas, era a vontade de se destruir pra sentir a culpa ou a dor por ter errado na vida... É você no álcool o que eu sou nos homens, na comida. O que eu fiz? Era assim que recomeçava o que dentro de mim eu determinara na noite anterior a exterminar de mim, a custo qualquer. Perguntando assim eu ouvi na sua voz que não havia nada de você naquela noite. Era outra coisa. Coisa essa ruim. Coisa essa não-você. Coisa essa não-ser-Higor.
Entrei no carro branco sem saber o que fazer. Lá dentro estava 'Cheio de gente de alma boa', é o cheiro que te rodeia, eu posso sentir. E na tentativa de ser fiel a mim, eu tentei te evitar (em vão). Com a saudade que eu já sentia meu coração foi-se amolecendo. Sentia saudade porque fora dormir pensando nunca mais te sentir. Saudades...
O dia correu perto da praia, rodeando-nos de uma brisa boa, de pés molhados na areia. E eu sabia, naquele momento, que eu queria estar ali. Exatamente ali e nada além.

João Vaz, 'A Praia'

* Dia 8 - 06/03/2010 - 'O que era correto me fez questionar. Vi o que mais me dói de passado voltar...'

Foi doloroso como no ano passado. Eu havia de dar adeus para algo que nem por certo tinha começo. Mas já era fim. Era fim de madrugada e eu não via mais seu brilho nos olhos. Não era ali o amor que eu conhecia. Seu olho mirava longe e pra dentro, apenas pra você. E nossa incrível noite de passar juntos abraçando a pele não poderia existir mais... Só havia espaço na cama pra caber você; você e aquele vício que te deitou no banheiro cansado de uma forma que eu não queria ver.
Você não estava comigo ali. Escorrei no canto do seu quarto enquanto te via contorcido sobre a cama com o corpo perdido. Era tão fora de você, que não havia espaço pra eu me deitar ali. Ficava te olhando e sabia que não queria ver aquilo. Nunca mais.
Depois de chorar as lágrimas (que eu sabia que eram de partida) eu me despedi de você. Distante, você concordou. Eu fui embora.
E dentro daquela viagem que eu fazia na minha cabeça, da sua casa a minha, eu pensava ter visto você dormir pela última vez. Um lago com vitórias-régia passou por mim e eu olhei com toda minha vontade. Sei que foi tentando aprisionar dentro do meu olho aquela vista linda; tal como o amor, passageiro pro corpo, mas eterno no olhar.

-"os segundos passam devagar quando se sabe que o final do início se aproxima". nas lágrimas eu derramei a dor de fazer o que eu não queria fazer. mas o que eu devia...-

*Dia do pedido de namoro (:

quinta-feira, 4 de março de 2010

Dia 7 - 04/03/2010 - 'Gosto dos seus lábios, Estou viajando, Você é tóxico, estou derretendo,Com o gosto do veneno do paraíso, estou viciada em você'

Você não sabe que você é tóxico?
Yael Naim me adormeceu com sua voz calminha depois de um dia tóxico nos braços do veneno. As veias dele me remetem ao que eu mais gosto de sentir: sensação. O sentido másculo da coisa do verbo (envolver) fica ainda mais nítido quando eu olho pros braços dele... Que sensação de arrepio! É como se eu visse ali a chance de me agarrar naqueles pêlos e debruçar sobre o paraíso...
Hoje foi um dia inesquecível. Dentre mais de mil e uma descobertas que é ficar coberta naquele abraço, o ponto: ele também é de olhar nos olhos enquanto se entregam os amantes. Sim, é exatamente assim que ele gosta de ficar; é assim que ele gosta de viver. Nada além do que deve ser: Olhar nos olhos enquanto vê-se a alma longe, o suspiro progredir e a noção ruir...
Ele é o encontro perfeito em mim. Não quero me perder do mundo, mas quero encontrá-lo em alguém... Finaly! Livrar-me dos vícios e conhecer o amor a fundo, quero desbravar um universo que torne-se outro ser, quero ver o mundo aos olhos dele.Sonhar acordada devaneando com o toque dele. Um toque de nunca querer outro.

(trocarsalivademãoemmão,toquedofrutoproibido,rostocoladoepeleroçando,nadahádeseremvão,caladaabocaodesejonão,ementesã)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Dia 6 - 03/03/2010 - 'Impressiona-me o quanto somos iguais. Análise do amor por conta do que eu sei que sou. Ele é o equilíbrio do que vivi'


[acima] -o amor platônico sob a ótica inconsciente de Lis Sayuri

Hoje percebi o quão platônicos somos naquela parte que diz:
"Seria um ser andrógino?
Sim, uma figura andrógina, com uma metade feminina e outra masculina. Trata-se, na verdade, de uma fábula, um mito encantador, destinado a revelar um ponto muito profundo. Segundo Aristófanes, esses seres duplos cometeram transgressões contra os deuses; como castigo, foram divididos ao meio. Sob essa perspectiva, o amor é literalmente a busca da outra metade.
Essa fábula tem implicações muito abrangentes em termos da metafísica e da ética de Platão. É um outro modo de afirmar que não somos seres completos, e que os movimentos do amor são uma busca de complemento."
Como nos vejo parecidíssimos. As mesmas inseguranças que eu supri em relação a alguém que me deparo com afeto e admiração o amor se deslumbra comigo... Hoje confessou se sentir inseguro sobre os vôos que a filosofia pode lhe proporcionar na vida, quando comparado aos meus. Crê que estou alguns degraus acima na capacidade de voar. Mas mal pode ele perceber ele que o vôo está mais perto do pensamento que dá realidade paupável pelas mãos...
Vejo no amor que sinto agora o equilíbrio certo entre o que já foram dois anteriores momentos: um de grande amor e um de grande desgaste. Higor tem os olhos e a doçura de quem fui digna de amar, e a insegurança de quem um dia muito me machucou. Tudo em equilíbrio, constante equilíbrio, equilíbrio que foi, é e será. O amor é o princípio de todas minhas coisas. O amor é início, meio e fim. É eterno.
Pude perceber hoje um medo de quem quer subir comigo até aonde se pode ir. Um medo de quem não quer ver nada atropelar o sentido de amar sublimamente. Tão verdadeiro quando me olha nos olhos e fala sobre seus sonhos! Como eu amo ouví-lo dizer de suas verdades, inteiras e verdadeiras verdades! Das mais infatis as mais maduras que já pensei ouvir algum dia...
De beleza sem tamanho. Uma presença que sabe agoniar, ele olha pra todos os lados e é naturalmente um predador. Eu percebo que está rodeado de sensualidade e que, ao primeiro triz uma mulher chama sua anteção. Mas eu não ligo. É próprio da sua natura, mantêm-no vivo, faz-lo homem e ser. Nós fomos conectados em um abraço imortal, conectado, afixado, aficcionado e eterno. Um ser em um.

terça-feira, 2 de março de 2010

Dia 5 - 02/03/2010 - 'Ouvir sua voz dormente de sono foi quase como recordar adormecida de um sonho lindo'

Um dia de toques que não poderiam ser tocados. A universidade não permite namoros públicos. Mas tudo bem, eu sinto que nosso olhar acaricia a cada segundo que ser olha. E passando daquele portão a gente se encontra mais de perto, fisicamente renovados, cheio de saudades. (Que abraço gostoso eu gosto de te dar), (Como se o mundo fosse guardar você e te recolher dentro de mim). Te ligo após pensar um instante. é final de dia... e sua voz é tão doce e eu pareço já tê-la ouvido antes: algum sonho lindo eu já sonhei outrora com seu timbre, suave e certo, você sabe como falar da forma exata que eu gosto de te ouvir...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Dia 4 - 01/03/2010 - ' Não nos vemos hoje. Conversamos virtualmente. Distantes estão nossos corpos. Sinto saudades dele'

Trocamos carinho pelo mundo dos números. Ouvi alguém dizendo que esse é um mundo irreal...
Vi o amor sob ótica de Platão, e tentei ler da dor que Nietzsche sentiu quando o amor recusou meio a palavras o que ele sabia ser o resumo do mundo... É de tão intenso e nobre sentir-me assim que a vontade que dá, a vontade que dá é exatamente prestigiosa! É vontade de retribuir a cada parte e ser do mundo que existe em cada parte do planeta nesse exato instante (contando os que estão em fase embrionária e metafísica de criação fantasiosa em mentes apaixonadas) por ter me retribuído a dor da arte com a volta do mundo: o amor em carne e osso, o amor começando a aflorar em um mundo que é entorno dele ele próprio e todo ele, amor inteiro e inteiro amor.
De filosofia não me basta para falar da pele pois da pele existe algo que não se explica. Existe algo que cabe ao nosso amor sentir, aprisionar e viver. Evoluir e subir os degraus de Platão, ainda que um dia, sinta de novo a dor da queda vertiginosa de nada ser, (uma vez que o universo não está mais ali) em braços imaginários, braços de Deus ou da fé... Braços meus ou seus! Braços nossos! Nossos abraço! Eu digo agora que te quero, amor! Já sei que te quero como todo um universo! Fica porque te vejo!

Dia 3 – 28/02/2010 - 'Conheci a família. Todos com olhos de alma como os dele. Quero ficar aqui pra sempre. Pra dentro de meu homem. Nós dois, a pele'

Desbravando o mundo em que ele vive, me maravilhando com tudo que estava a volta.Meu olho brilhava tal como quando eu me banho em banho frio, quando me renovo de coisa boa, todo dia... Todo o novo era novo de novo, excitante e cada momento. (Eu poderia gozar de sua face angelical e de seus olhos como se já houvesse visto o céu antes.) Eu engolia cada segundo a força, já que forçosamente não sabia nem como viver aquela (ir)realidade, de tamanha intensidade que meu pêlo sentia. Tudo fluía naturalmente. E eu me sentia tão leve... Como eu sempre havia de querer ser. Como talvez eu até seja, como eu seja! Nada além no mundo pode me assustar tanto quanto ele, exatamente ele, o amor, agora e assim. Jogo-me agora a dentro desse seja lá precipício ou nova morada. Ou ambos. Jogo-me lá, amor!

Dia 2 – 26/02/2010 - ' Aquele era o dia marcado. Não via a hora de apaixonar-me escada abaixo'

Escada abaixo, descemos. ‘Stairway to heaven’ – irônico destino. E ali, no final de nada em encontro ao desejo, tomamo-nos certos de algo: tudo iria terminar bem. (Ouço o som mais belo que me lembro ouvir, ainda que minha memória falha), (Sinto o toque mais doce que já senti, ainda que distante as mãos do amor, agora), (Sinto tudo levemente e firme, fixando em mim com intensidade tal a ficar marcado pra sempre), (E tudo no amor me fere, seja na pele ou no papel), (E eu quero chorar e amar pra sempre), (E eu quero sorrir e amar eternamente... ó amor!), (Ó eterno e novamente, amor!).

Dia 1 – 25/02/2010 - 'Só sei que foi assim...'

Era nítido que havia algo de pele gritante naquela relação de rabiscar os braços e trocar olhares. Trocar um trago no cigarro que tocava na mesma saliva ou o olhar e o pensamento (quase)filosófico que caminha sob a mesma impressão de um futuro incerto. Era algo de pele que já perdurava durante alguns dias (segundo a ótica do amor) desde o dia que nos víamos pela primeira vez. Era algo que havia de acontecer, e se não houvessem os motivos cósmicos, iria acontecer por vontade própria. O ponto de ônibus havia de ter algo de supremo. Havia no ar e na 'coisa' em si algo de original. Como costumeiramente, entre brincadeiras a parte de despedidas e voltas, partindo no coletivo, eu me despedi daquilo que agora eu sinto ser parte de mim: [nossa pele] condiz com toda a atmosfera à volta: estamos conectados. Juntos.