quarta-feira, 3 de março de 2010

Dia 6 - 03/03/2010 - 'Impressiona-me o quanto somos iguais. Análise do amor por conta do que eu sei que sou. Ele é o equilíbrio do que vivi'


[acima] -o amor platônico sob a ótica inconsciente de Lis Sayuri

Hoje percebi o quão platônicos somos naquela parte que diz:
"Seria um ser andrógino?
Sim, uma figura andrógina, com uma metade feminina e outra masculina. Trata-se, na verdade, de uma fábula, um mito encantador, destinado a revelar um ponto muito profundo. Segundo Aristófanes, esses seres duplos cometeram transgressões contra os deuses; como castigo, foram divididos ao meio. Sob essa perspectiva, o amor é literalmente a busca da outra metade.
Essa fábula tem implicações muito abrangentes em termos da metafísica e da ética de Platão. É um outro modo de afirmar que não somos seres completos, e que os movimentos do amor são uma busca de complemento."
Como nos vejo parecidíssimos. As mesmas inseguranças que eu supri em relação a alguém que me deparo com afeto e admiração o amor se deslumbra comigo... Hoje confessou se sentir inseguro sobre os vôos que a filosofia pode lhe proporcionar na vida, quando comparado aos meus. Crê que estou alguns degraus acima na capacidade de voar. Mas mal pode ele perceber ele que o vôo está mais perto do pensamento que dá realidade paupável pelas mãos...
Vejo no amor que sinto agora o equilíbrio certo entre o que já foram dois anteriores momentos: um de grande amor e um de grande desgaste. Higor tem os olhos e a doçura de quem fui digna de amar, e a insegurança de quem um dia muito me machucou. Tudo em equilíbrio, constante equilíbrio, equilíbrio que foi, é e será. O amor é o princípio de todas minhas coisas. O amor é início, meio e fim. É eterno.
Pude perceber hoje um medo de quem quer subir comigo até aonde se pode ir. Um medo de quem não quer ver nada atropelar o sentido de amar sublimamente. Tão verdadeiro quando me olha nos olhos e fala sobre seus sonhos! Como eu amo ouví-lo dizer de suas verdades, inteiras e verdadeiras verdades! Das mais infatis as mais maduras que já pensei ouvir algum dia...
De beleza sem tamanho. Uma presença que sabe agoniar, ele olha pra todos os lados e é naturalmente um predador. Eu percebo que está rodeado de sensualidade e que, ao primeiro triz uma mulher chama sua anteção. Mas eu não ligo. É próprio da sua natura, mantêm-no vivo, faz-lo homem e ser. Nós fomos conectados em um abraço imortal, conectado, afixado, aficcionado e eterno. Um ser em um.

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