quinta-feira, 11 de março de 2010

Dia 12 - 11/03/2010 - 'e inesperadamente, diz assim: ...Procurei você por tanto tempo...'

Ouví-lo mencionar essas palavras, ainda que virtualmente, soavam como algodão nos meus ouvidos. Eu me sentia tão entregue nesse dia, tão próxima desse amor que eu almejo constante. Devaneando, certa parte do dia, reparei num ponto que antes não tinha me ocorrido: não vejo nele a necessidade de manter uma constante sedução, uma conquista ardida, dolorosa a propensa a perda. Parece que me entrego às minhas adversidades e simplesmente vou vivendo da forma que sou, sem mascarar por completo (como sempre fiz) minha naturalidade. Me ocorreu também que diante o eterno e incansável desejo pela descoberta, a vontade (inato no ser humano), eu me proponho a domínio pela primeira vez. Verdadeiramente. Pois, ainda que eu continue viva, em carne e osso, existe uma parte de mim que se entrega a toda história de Higor e quer ser, nela, algo novo e verdadeiramente intenso. Não tenho vontade pelos outros. Vontade pode ser que exista, em alguma parte física de mim, mas controlo impulsos sem medir esforços. Sinto uma relação incosciente de respeito mútuo e admiração por essa pessoa, que por um instante crucial e determinante, tornou-se o que é. É tal como um mimo, um cuidado, algo talvez estrapolado demais, mas algo que eu sinto: peças de um sentimento a somar e tornar-se (dentro de um tempo e espaço) invencível.
Estudamos juntos hoje. Experiência interessante e proveitosa. Mas meu sono não vai bem, pois ele tem horário certo. Não sei ainda o que fazer com isso. Sei que no final vai tudo ficar bem. Fica tudo bem porque agora eu sei como fazer isso. Eu sei que não se desiste daquilo que se luta verdadeiramente por e que se acredita ser nosso. "Não se abre mão do que é refrão da nossa canção".

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